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Un BNG novo

Un BNG novo Este artigo amosa a opinión do luso Manuel Xurés, auditor e membro do grupo de opinión Couto Mixto, sobre os novos aires dentro do Bloque Nacionalista Galego:

O BNG vém de efectuar umha profunda renovaçom das listas electorais e da image externa o que, sem dúvida, se extenderá a médio prazo à própria composiçom interna. Foi um exercício complexo, nom carente de riscos e dificuldades, que tem por objectivo recuperar umha comunicaçom fluida cos seutores sociais mais receptivos ao arelado cámbio politico e que, mália os altibaixos cíclicos, seguem a ver na organizaçom bandeira do nacionalismo galego a única alternativa de transformaçom real de Galiza.

Por disgraça, todo renovamento dum colectivo humano e quase impossível de se realizar sem ferir algumhas sensibilidades que se poderiam sentir vítimas da dinámica criada. Pero a cada é mais evidente que determinados relevos eram inevitáveis pois mais do que diferenças político-ideológicas, que se adoitam brandir coma simples coarctadas dos desencontros persoais, eram velhos ressentimentos, genreiras, egocentrismos vários,…, herdados doutros tempos –épicos, certo– os que estavam a pexar um BNG que, a partir do próximo mes de Junho, está decidido a ser governo ou, quanda menos, cogoverno.

Niste sentido, é elogiável ver como a meirande parte dos "renovados" cederom o seu posto discretamente, sem estridéncias nem foguetaria; o que os honra. Forom e som bos e generosos que derom o milhor de seu pola Terra e o seu povo e que, dende a nova situaçom de "merecida jubilaçom", seguiram com certeza achegando o ombreiro ou assumindo outras responsabilidades pois o país precisa diles.

Outros, os menos, coa imprensa mafioso-colonial –sempre à espreita– de aliada oportunista tentarom dificultar a renovaçom que a grande maioria no BNG, como se poido comprovar nas assembleias democráticas, demandava. Encerelharom o debate baseando-se fundamentalmente na ideia subjacente –quando nom ostentosamente explicitada– de serem imprescindíveis e, diste jeito, qual "renovados" frautistas de Hammeling, levarem dançando atrais diles amplos seutores dos "ratinhos" independentes, encantados coa tal música. Estratégia nefasta, certamente, pois é obvio que quando alguém proclama aos quatro ventos a sua imprescindibilidade, vem sendo o sinal inequívoco de que, fatalmente, é prescindível. Em fim, o final do conto já se sabe como foi: os ratinhos independentes que, coma mim, levam ouvido nesta vida frautas dabondo, nom se botarom ao terreiro.

Intuo que à nova equipa responsável sabe que, inda que durante umha tempada teram de navegar em augas agitadas, tarde ou cedo aquelas iram acougando e, no essencial, tenhem por diante sua todo por ganhar ja que, após vários anos de declínio que tocou chao nas derradeiras eleiçons ao Parlamento Europeu cuns resultados alarmantemente frouxos, ninguém, honestamente, poderá-os culpar dos resultados das vindeiras eleiçons os quais, segundo as sondages, prevéem-se discretos, pero que permitiram consolidar a base social nacionalista necessária prao relançamento futuro. O feito de se plantejarem, de partida, uns objectivos realistas é umha estratégia inteligente, pois dá-se a circunstáncia de que em contendas eleitorais recentes, a teima por acadar metas por riba das possibilidades reais, transformou em derrota subjectiva alguns resultados que, objectivamente, nom eram tam desfavoráveis.

Em calquera caso, o desafio imediato dos "novos pilotos" é saberem transmitir à cidadania em geral e aos potenciais eleutores em particular que a renovaçom em marcha no BNG é umha "mise à jour" necessária, positiva e inelutável pois, de tódalas maneiras, passe o que passare no 19 de Junho, e independentemente de comportamentos individuais de quem, incompreensivelmente, se negam a aceutar a evidéncia, o tempo nom desanda.

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